A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) reforça a preocupação da Associação Médica Brasileira (AMB) sobre a segurança dos profissionais médicos em exercer sua autonomia e o livre pensar e expressão de seus pensamentos. O poder de se manifestar, de forma livre e pautado pela ciência sobre o direito e a importância do direito à vacinação contra a covid-19 pelas crianças de 5 a 11 anos, não pode sofrer qualquer intimidação ou ataque à liberdade de expressão.

Reiteramos, com ênfase, a nota abaixo emitida pela AMB.

Diretoria da SBPC/ML

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Nota da AMB

 A Associação Médica Brasileira (AMB) registra o mais profundo repúdio quanto ao vazamento de dados dos médicos que, em 4 de janeiro, participaram de audiência pública para defender o legítimo direito de as crianças, de 5 a 11 anos, serem imunizadas contra Covid-19. 

A ação criminosa, por agentes públicos, teve como alvos alguns dos mais respeitáveis especialistas do País: Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Os Doutores Marco Aurélio Sáfadi Renato Kfouri são também consultores do Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID-19 da AMB, o CEM COVID. 

Lamentável e condenável, a iniciativa configura ataque à liberdade de pensamento e de expressão, tentativa de intimidação, além de método de incitar ameaças por parte das forças negacionistas a médicos comprometidos exclusivamente com a Ciência e a boa assistência aos brasileiros. 

Aliás, em todo o episódio envolvendo a imunização para crianças de 5 a 11 anos, estas mesmas forças negacionistas e antivacinas fazem coro contra a Ciência, retardando a vacinação a esse público específico. Viram as costas à saúde dos brasileiros, como, aliás, o fazem desde o início da pandemia. 

A AMB, legítima representante dos médicos do Brasil, não se calará em momento qualquer diante de ataques à boa Medicina, à assistência digna aos cidadãos, aos médicos que exercem sua autonomia pautados em sólidas evidências científicas.

Informamos que tomaremos todas as medidas possíveis para responsabilizar os detratores dos médicos, inclusive do ponto de vista legal. 

 

São Paulo, 7 de janeiro de 2022 

Associação Médica Brasileira